Crítica: A Mulher de Preto (The Woman In Black).

O jovem advogado londrino Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é forçado a deixar seu filho de três anos e viajar para a pequena vila de Crythin Gifford para tratar dos assuntos do recentemente falecido dono da Casa Eel Marsh. Mas quando ele chega à arrepiante mansão, descobre segredos obscuros no passado da cidade. Sua sensação de mal-estar aumenta quando ele vê uma misteriosa mulher toda vestida de preto. Agora o rapaz precisa desvendar os mistérios que rondam essa história e tentar, de algum modo, fazer cessar tudo de ruim que vem acontecendo na aldeia onde está hospedado.

Com este enredo, "A Mulher de Preto" tem o poder de deixar críticos confusos. Se por um lado a obra mostra a típica história clichê de uma casa estranha que é assombrada pelo fantasma de alguém que morou ali muito tempo atrás e não consegue acrescentar muitas novidades em cima disso, por outro ela trás uma ótima fotografia e cenários que nos remetem facilmente a uma atmosfera gélida, melancólica e assustadora, fazendo com que tudo fique mais valorizado e com aquele visual que os fãs do terror adoram odiar, se é que vocês me entendem. Aliás, o grande acerto deste filme é justamente a evidente intenção do diretor e equipe em levar os espectadores para um universo rico em elementos importantes em obras deste gênero. Neblina, casas velhas e paisagens foscas e acinzentadas são alguns dos toques importantes dados a muitas cenas.

Embora sua aparência seja mais jovem que o ideal para interpretar um personagem desses, Radcliffe esteve bem durante todo o trabalho. Difícil foi não confundir Arthur Kipps com Harry Potter em algumas cenas do longa, entretanto acho que isso é uma questão de apego a ser resolvida pelo público, não uma falha do ator.

Enfim, “A Mulher de Preto”, embora crie algumas situações clichês e tente desenvolver uma história já usada cansativamente por vários outros filmes do gênero, consegue nos transportar a um ambiente isolado e frio, oferecer algumas cenas assustadoras e, em determinados momentos, arrancar belos sustos da plateia. Um bom filme!

CLASSIFICAÇÃO: